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No entanto, há algo de bom nessa falência do ideal moderno que jamais alcançamos. São Paulo talvez seja, também, a cidade mais democrática do país – é claro que a exclusão econômica existe e é gritante como em qualquer outra grande capital brasileira, basta um sobrevôo pelas periferias. Mas ainda assim é preciso reconhecer que São Paulo é o lugar que explodiu completamente com essa idéia de identidade nacional, com essa imposição do “nós, autênticos brasileiros”. Nada ali é autêntico, e na babel de idiomas, sotaques, nacionalidades e naturalidades, está uma possibilidade de cara do Brasil: um país sem rosto pré-definido, onde o que é ser “brasileiro” é tão diverso e singular que não cabe numa forma de identidade que, para ser bem-sucedida, necessariamente deixa de fora o diferente.